Duas casas invisíveis nas Ilhas Selvagens

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Duas Casas nas Ilhas Selvagens, Vítor Leal Barros Architecture Vítor Leal Barros Architecture
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Numa viagem mágica, a homify 360 de hoje pretende levá-lo num passeio inesquecível pelas Ilhas Selvagens, situadas no Arquipélago da Madeira. Com o tema da invisibilidade como ponto de partida, os ASVS Arquitectos Associados apresentaram para concurso o projecto que em seguida lhe iremos apresentar.

As Selvagens, constituídas por duas ilhas principais e várias ilhotas, têm origem vulcânica, assim como quase todas as ilhas da Macaronésia. O arquipélago é um santuário para aves e tem uma área total de 273 hectares. Desta forma, mais importante do que uma intervenção no lugar, foi importante preservar a sua aparência e função, de forma a não intervir abruptamente neste habitáculo. Ficou curioso para descobrir estes dois projectos?! Não podemos perder tempo então!

O lugar

Num lugar onde só se vê a linha do horizonte e onde a paz e a tranquilidade dominam sobre o espírito e a mente, foram propostos dois projectos habitacionais. Após analisar o programa do concurso de ideias para o projecto de Duas Casas nas Ilhas Selvagens, que integra o programa Escolha –Arquitectura,  todas as premissas e condicionantes ambientais e paisagísticas de qualquer edificação apontavam para que as construções fossem invisíveis, para que de alguma forma camufladas na paisagem, fizessem parte da geografia deste magnífico lugar.

As condicionantes

Já que o concurso previa a construção de duas novas casas (uma na Selvagem Grande e outra na Selvagem Pequena), em substituição às existentes, estes edifícios têm como principal objectivo servir de casa aos vigilantes destas ilhas perdidas por entre as ondas do Oceano Atlântico, assim como abrigar alguns turistas.

Para além das premissas e condicionantes lançadas pelo concurso, levantaram-se outras questões relativas à dificuldade e à falta de meios de transporte para o transporte de materiais assim como na logística da construção destes dois edifícios de habitação surpreendente.

A implantação

Postas as condicionantes, a questão principal foi então feita: de que forma construir?! Era a pergunta que se colocava. 

Desta forma, o lugar proposto para a implantação da casa da Ilha Selvagem Grande, a sua geografia e topografia apontavam para uma arquitectura com estereotomia, onde a força da gravidade se transmite através da forma contínua que o edifício assume. 

Os espaços

Foi então proposto um edifício onde a força da gravidade se transmite nesta estrutura numa lógica estrutural de nós e juntas. Desenhada num estilo minimalista, o rés de chão que está em contacto com o local de desembarque e é composto por uma área técnica coberta que tem o apoio de uma área de churrasco e duche no exterior. Já o primeiro piso é composto por um quarto duplo com duas camas individuais, dois quartos com beliches, instalações sanitárias, dispensa de apoio à cozinha, sala de estar, sala de jantar e biblioteca. No exterior existe um pátio, um terraço e uma área de lavar e secar a roupa.

Os reflexos

Já na Selvagem pequena, o conceito, apesar de seguir a mesma lógica da invisibilidade, segue uma linguagem em termos de material e de implantação diferentes. Aqui fazia sentido que a arquitectura fosse leve e ligeira, quase imaterial. Desta forma, o vidro foi o principal protagonista para a criação desta habitação camuflada. Contrariamente também da proposta de habitação para a ilha grande, esta casa não se adapta ao terreno, mas simplesmente repousa sobre o mesmo, reflectindo toda a paisagem em deu redor.

O programa

Neste caso, trata-se de uma casa virada sobre si própria: a casa pátio. Aqui, uma cozinha com balcão dão as boas vindas. Para além da cozinha existe uma sala de estar e refeições assim como uma biblioteca, uma dispensa, dois quartos com beliches, uma suite e outros tantos compartimentos igualmente desenhados na proposta anterior.

Em suma trata-se de dois lugares onde duas linguagens construtivas foram utilizadas mas trabalhadas de forma a alcançarem o mesmo objectivo – a criação de uma arquitectura invisível.

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